quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Artigo "A educação e o mundo virtual"


Este artigo se justifica devido a uma pesquisa realizada para complementação do módulo: A Informática na educação, do Curso de Pós Graduação em Psicopedagogia da Faculdade do Vale do Piranga. Foi proposto ao grupo, Alessandra, Lara e Lúcia que realizassem uma pesquisa sobre: Cognição e Ensino-Aprendizagem e que relatassem em forma de diário (Blog) as experiências vividas. Devido ao bom desempenho e grande satisfação ao realizar o trabalho, resolvi abrilhantar ainda mais o blog com este pequeno artigo.

A EDUCAÇÃO E O MUNDO VIRTUAL

Diante de grandes metamorfoses sociais ocorridas neste novo século, novos comportamentos começaram a ser exigidos, o êxito social passou a envolver também o desempenho escolar. Como conseqüência os cognicentes que não conseguirem acompanhar esses novos paradigmas ditados pela sociedade serão “excluídos” de certa forma, comprometendo sua inserção social.
Percebe-se atualmente que a comunicação digital tem possibilitado o contato entre membros de diferentes culturas a respeito dos mais significativos temas. O uso das tecnologias de informação e comunicação nas instituições de ensino não deixa a desejar, uma vez que o mundo digital invadiu a vida de nossos alunos, colocando-os em igualdade com professores no sentido de ter acesso ao conhecimento. O aluno a partir de um determinado tema realiza pesquisas na internet, interage com o seu contexto assimilando as informações que lhes são pertinentes e leva a discussão para sala de aula.
Então qual o papel do professor em circunstâncias como estas? Acredita-se que o professor atuará fundamentalmente como mediador/condutor, ajudando seus aprendizes a perceber os valores éticos morais e sociais das novas informações, conduzindo-os para o desenvolvimento cidadão.
“Ninguém educa ninguém, como tampouco ninguém se educa a si mesmo: os homens se educam em comunhão, mediatizados pelo mundo.” ( Freire 1993. p.95)
Cognicente e professor aprenderão por meio de uma rede de colaboração na qual cada ser ajudará o outro se desenvolver ao mesmo tempo em que se desenvolve. Para tanto, este professor deverá estar à frente, planejando suas práticas pedagógicas, estabelecendo conexões com outros, refletindo sobre as necessidades e interesses do grupo observando sempre a individualidade. Cabe ainda ao professor, a tarefa de promover o desenvolvimento de atividades que estimulem o envolvimento e interação dos mesmos, contribuindo para a construção de um conhecimento que os leve a uma atuação crítica perante a sociedade.
Segundo Marcuschi 2002, pesquisador de Lingüística Textual, o uso das tecnologias de informação e comunicação, na sociedade atual e nas escolas apresenta forças para construir e destruir. Apresenta grandes benefícios para a educação e o mundo, porém seu uso indevido pode ocasionar em crimes como clonagem de documentos. O filme “Os condenados”, do diretor Scott Wiper, aborda claramente o mal uso da internet ao retratar uma história em que um produtor de filme, filme este ilegal, ganha uma determinada quantia em dinheiro, ao atingir 40 milhões de visitantes acessando sua produção na rede. Esta produção mostra a vida de um grupo de pessoas que se matam, lutando por sobrevivência (quem matar todos os adversários vence e ganha um prêmio) só que tudo em tempo real.
Seguindo ainda a linha de pensamento de Marcuschi, pode-se dizer que os novos meios de comunicação advindos da internet, como leitura linear, hipertextos, links etc, promovem uma atração maior aos alunos, que os meios convencionais. Cabe a cada indivíduo delimitar dentro do contexto em que se encontra a forma mais distinta para se comunicar. Ou seja, o falante/ouvinte produzirá uma estrutura comunicativa de acordo com características próprias de seu contexto social.
Conclui-se que os paradigmas tradicionais não atendem o momento por qual vive a educação e sociedade, haja vista a velocidade e quantidade de informações possíveis e de fácil acesso. Porém é preciso ressaltar que nem todos as instituições de ensino; professores; aprendizes e os analfabetos escolares que não concluíram as quatro primeiras séries do ensino fundamental, vivenciam o ciberespaço e nem estão preparados para dominar a tecnologia devido a uma variedade de motivos, aos quais não serão abordados neste artigo por serem complexos e polêmicos. Mas diante do mundo digital todas as pessoas envolvidas no processo educacional, inclusive os cognicentes, os analfabetos digitais ou não, todos devem assumir novas posturas ensinando e aprendendo a trabalhar em rede, devem utilizar todos os recursos tecnológicos sempre que possível, buscando aumentar a aprendizagem individual e conseqüentemente atender as demandas dos novos meios de comunicação e produção de conhecimento inserindo-se na nova sociedade.

Um comentário:

Anônimo disse...

Você abrilhantou mesmo o Blog!
E colaborou para a efetivação da nossa rede de aprendizagem.
Abraço,